23 de set. de 2023

ABORTO: “Uma mulher está silenciando a população”

Indicada por Dilma Rousseff (PT) Rosa Weber vota pela descriminalização do aborto até a 12ª semana.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, votou pela descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. O voto de Weber foi feito em plenário virtual, quando os ministros apenas depositam os votos no sistema do Tribunal sem discussão ou transmissão pela TV Justiça.

O ministro Luís Roberto Barroso fez um pedido de destaque após o voto de Weber, nesta sexta-feira (22), e travou o julgamento no plenário virtual para levá-lo ao plenário físico. 

A decisão de Rosa Weber de levar o julgamento ao plenário virtual e evitar a opinião pública foi duramente criticada por diversos juristas, políticos, jornalistas e entidades pró-vida.

Rosa Weber deve deixar o tribunal no próximo dia 28 por ocasião da sua aposentadoria. Barroso assumirá a cadeira da presidência no lugar da ministra.

Os ministros julgam a ADPF 442, de autoria do PSOL em conjunto com a ONG pró-aborto, Instituto Anis. 
A ação foi apresentada ao STF em março de 2017 e pede que os artigos do Código Penal que tratam o assassinato intrauterino como crime sejam considerados inconstitucionais.

Para os autores da ação, as mulheres teriam o direito de permitir a morte do bebê em uma gravidez indesejada até 12 semanas de gestação, independentemente das circunstâncias.

A proposta é chamada pejorativamente de “aborto jurídico”, já que a mudança na lei, caso fosse um consenso em sociedade, deveria ocorrer no Poder Legislativo, e não no Poder Judiciário.

Segundo a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber pautou o julgamento sobre a descriminalização do aborto dias antes de se aposentar. 
“A pressa da ministra Rosa Weber em votar a ADPF 442 demonstra seu interesse pessoal de que as suas ideologias estejam acima da vontade popular e acima do Congresso Nacional, que é reflexo da vontade popular”, diz a deputada.

Zanatta diz que “no voto dado hoje, a ministra Rosa Weber fala que as mulheres foram silenciadas da discussão sobre os direitos reprodutivos”, que, segundo a deputada, é um eufemismo usado pelas feministas para falar sobre “assassinato de bebês.
Weber votou em plenário virtual pela descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. O julgamento foi interrompido e, a pedido do ministro Luís Roberto Barroso, seguirá no plenário físico quando for retomado.

“Hoje é justamente uma mulher que está silenciado toda a população brasileira”, critica Zanatta, destacando que “a maioria da população brasileira é contra o aborto”. “E é justamente por isso que esse assunto não prospera no Congresso Nacional”, comenta a deputada.

A parlamentar lembra ainda que, durante a campanha presidencial, Lula fez uma carta compromisso com os evangélicos contra o aborto. Segundo ela, o silêncio dos governistas neste momento deixa claro o posicionamento deste governo. “Fere o compromisso do Lula com os evangélicos”, critica Zanatta.

Na carta divulgada em outubro do ano passado, Lula diz que a vida é sagrada e fez uma referência direta ao aborto, para se dizer “pessoalmente contra”.

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) já reuniu as assinaturas necessária para propor a realização de um plebiscito sobre o assunto.
O senador Rogério Marinho (PL-RN, foto) reuniu 27 assinaturas para propor um plebiscito sobre a descriminalização do aborto no Brasil.

Com o mínimo de assinaturas necessárias, o líder da oposição no Senado deverá apresentar na semana que vem um projeto de Decreto Legislativo, o qual precisará de maioria absoluta na Câmara e no Senado para ser publicado.

Por outro lado, Integrantes da bancada evangélica comemoraram o pedido do ministro Luís Roberto Barroso para que o julgamento sobre o aborto ocorra no plenário presencial do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com deputados ouvidos pela CNN, o entendimento é que as chances de barrar a descriminalização aumentam. Por isso, eles já planejam medidas para pressionar publicamente a Corte, como ações nas redes e manifestações de rua.

Eles ficaram sob alerta diante do voto da ministra Rosa Weber, que, num voto bastante alentado, defendeu a retirada de punição às mulheres no caso de abortos realizados até a 12ª semana de gestação.

Os evangélicos se opõem à realização do aborto e enxergam no julgamento uma forma de flexibilizar a prática.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 39 mil mulheres morrem todos os anos e milhões são hospitalizadas por causa de abortos inseguros.

Os parlamentares evangélicos dizem que a saída do caso do plenário virtual era amplamente esperada pela bancada, que vinha tentando enviar recados aos ministros sobre a importância de o debate ser aprofundado no plenário físico.

O PSOL é o autor da ADPF 2 que pede no STF a legalização do aborto até a 12ª semana de gestação. E agora já tem voto favorável da ministra Rosa Weber.

Que a ADPF 422 é um projeto demoníaco, 79% da população concorda.

Pesquisas mostram que 79% da população é contra o aborto. O aborto é a principal pauta do PSOL, portanto, é também uma pauta do Boulos. Na eleição para prefeito de 2020 40% dos eleitores votaram no Boulos, ou seja, pelo menos 20% de pessoas que são contra o aborto votaram nesse abortista.

Mas há um perigo oculto por trás da ADPF 422 (ADPF DO ABORTO), que a maioria das pessoas não é capaz de conceber: esse projeto não irá parar no assassinato de bebês no ventre das suas mães, mas poderá se estender a outros grupos considerados sem valor para o Estado, tal como ocorreu em outras épocas da história.

Em suma, legalizar o aborto até a 12ª semana de gestação é a chave que irá abrir as portas do inferno no país.

De acordo com pesquisas recentes, 79% dos brasileiros são contrários à descriminalização do aborto.

Hoje, de acordo com o Código Penal, o aborto é crime, não punido quando a gravidez é fruto de estupro ou há risco de vida para a mãe. Em 2012, o STF definiu que o aborto de fetos anencefálicos também não deve ser punido.

☝️FONTE: @centrodopoder 
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